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O Hospital Psiquiátrico Professor Adauto Botelho foi inaugurado em abril de 1954, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia. Alinhado ao modelo de tratamento manicomial que já tinha extensa trajetória no Brasil e em outros países, a Unidade perpetuou, por 40 anos, formas de tratamento que davam vazão a uma política higienista e excludente.
Durante os anos de funcionamento, foram registradas internações arbitrárias, torturas, negligências e diversas outras violações dos direitos humanos que se amparavam na fragilidade da assistência psiquiátrica da época. Com a demolição do Hospital, em 1994, foram perdidos muitos dos documentos que atestavam tais práticas.
A destruição dos registros não apaga a história. As marcas dos acontecimentos ainda recentes reverberam até hoje e encontram voz em quem fez parte de tudo. Ex-pacientes, ex-funcionários ou mesmo pessoas que em algum momento tiveram o caminho entrecruzado com “a casa de muro amarelo” mantêm lembranças vívidas e dolorosas sobre o lugar.
Essa reportagem caminha desde o contexto de inauguração do Hospital até os dias de hoje, montando o “quebra-cabeça” através dos relatos de pessoas que atuaram de alguma forma na construção do trajeto da assistência psiquiátrica em Goiás. Assinado por Thauany Melo e Luiz Araújo, o trabalho de apuração foi feito entre janeiro de 2020 e março de 2021, tendo sido publicada em 18 de maio de 2021.
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